Formação de citotécnicos com metodologia híbrida

a EAD e sua contribuição para a detecção precoce do câncer do colo do útero no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/10.36517/resdite.v5.n3.2020.a3

Palavras-chave:

Tecnologia Educacional, Educação Profissionalizante, Câncer do Colo do útero

Resumo

Introdução: O câncer do colo do útero, em todo o mundo, está entre os de maior incidência. Essa patologia mata anualmente, em nosso país, 16.370 mulheres, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, onde responde por 8,1% das mortes. O profissional citotécnico pode contribuir atuando tanto na prevenção quando na detecção precoce do câncer da cérvix uterina. Objetivo: propor a reestruturação da formação de citotécnicos no Brasil mediante uso de metodologia híbrida. Métodos: Foram realizadas buscas nas bases de dados dos Periódicos CAPES, LILACS e SCIELO com os descritores: “Tecnologia educacional”, “Exame colpocitológico” e “Câncer do colo do útero”, além de análise documental da matriz curricular atual, adaptando-a para a metodologia híbrida. Resultados: Esta pesquisa propõe que a matriz curricular seja reestruturada, dividida em três etapas, utilizando a educação presencial ou a EaD de acordo com a característica de cada disciplina, oferecendo três turmas por ano. Conclusão: Com a reestruturação da formação dos citotécnicos por meio da metodologia híbrida, seria possível maximizar o potencial desses profissionais para atuar na detecção precoce do câncer do colo de útero, além de favorecer o alcance dos indivíduos a serem qualificados, rompendo dificuldades geográfico-sociais do Brasil.                                                                

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Biografia do Autor

Sani Santos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduada em Farmácia pela Universidade do Grande Rio, Pós-graduada em Homeopatia pela Universidade do Grande Rio, Pós-Graduada em Bioquímica pela Universidade do Grande Rio, Especialista em Citologia Clínica pela Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, Especialista em Educação a Distância pela AVM-Pós/Unyleya, mestranda em Telessaúde e Telemedicina pela UERJ. Possuo experiência na área Educacional, com ênfase nas seguintes áreas: Formação técnica em Citopatologia e Educação a Distância. Tenho experiência em Análises Clínicas, atuando principalmente nos seguintes temas: Citologia Clínica, Hormônios, Urinálise e Bioquímica. Atualmente exerço cargo público do Ministério da Saúde no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) na área de Patologia, atuando com ênfase em Colpocitologia e em projeto de EAD de Citologia.  

Raquel Villardi, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui Licenciatura em Letras - Português / Literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Bacharelado em Música Popular Brasileira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, mestrado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Pró-reitora de Graduação da UERJ, e coordenadora executiva dos cursos de graduação tecnológica da Fundação Getulio Vargas. Atualmente é professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua no Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH) e no Programa de Pós-graduação em Telemedicina e Telessaúde, ambos da UERJ. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Linguagem, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas de educação superior, educação e cultura, formação docente e educação mediada por suportes tecnológicos.   

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Publicado

2020-12-22