Utilização da casca de coco como cobertura morta no cultivo do coqueiro anão-verde

Autores

  • Fábio Miranda Embrapa Agroindústria Tropical
  • Carmem Sousa Embrapa Agroindústria Tropical
  • Lindbergue Crisostomo Embrapa Agroindústria Tropical

Palavras-chave:

Cocos nucifera L, reciclying, mulch

Resumo

O acúmulo da casca de coco nos aterros sanitários e agroindústrias tem se tornado um problema ambiental. A utilização do material como cobertura morta nos próprios coqueirais pode apresentar vantagens como a reciclagem de nutrientes, o controle de plantas invasoras e a redução das perdas de água do solo por evaporação. Por outro lado, a casca do coco pode conter níveis tóxicos de tanino, cloreto e sódio, potencialmente prejudiciais ao solo e as culturas. O estudo teve como objetivos avaliar o efeito da aplicação da casca do coco como cobertura morta sobre as propriedades químicas do solo, os teores de nutrientes no tecido foliar e na produção do coqueiro. Foram testados os seguintes tratamentos: a) cobertura morta com a casca de coco seco; b) casca de coco seco mais esterco bovino curtido; c) casca de coco verde e d) testemunha sem cobertura morta. Nos tratamentos com cobertura morta foram realizadas duas aplicações da casca de coco, com intervalo de seis meses entre si, quando foram utilizados cerca de 60 kg do material, sob a copa de cada coqueiro. A cobertura morta com a casca do coco não influenciou os teores de nutrientes no tecido foliar e a produção do coqueiro no período avaliado (12 a 24 meses após a aplicação), mas aumentou os teores de K, Ca e Mg no solo em relação à testemunha. Os teores de Na e a CE do solo aumentaram em todos os tratamentos durante o período avaliado, principalmente quando foi aplicada a casca de coco verde em cobertura morta.

Downloads

Publicado

2008-11-17

Edição

Seção

Ciência do Solo e Engenharia Agrícola