Impacto do manejo da irrigação sobre os recursos solo e água

Autores

  • Deodato Aquino Universidade Federal do Ceará
  • Eunice Andrade Universidade Federal do Ceará
  • Fernando Lopes Universidade Federal do Ceará
  • Adunias Teixeira Universidade Federal do Ceará
  • Lindbergue Crisostomo Embrapa Agroindústria Tropical

Palavras-chave:

Percolation. Salinity. Water table.

Resumo

Para identificar o impacto da irrigação sobre os recursos solo e água, analisou-se a dinâmica temporal da umidade do solo, sais totais, risco de sodicidade e nível do lençol freático em duas áreas distintas: irrigada (S1) e de sequeiro (S2) no Distrito Irrigado do Baixo Acaraú (DIBAU), Ceará. As amostras de solo foram coletadas no período seco (novembro de 2006) e chuvoso (maio de 2007), a cada 0,50 m de profundidade até a zona do lençol freático (7 m). As medições dos níveis freáticos foram efetuadas em quatro poços, sendo dois inseridos em campos irrigados (P1 e P2) e dois em campo sob sequeiro (P3 e P4). As medições foram efetuadas no período de dezembro de 2003 a novembro de 2005, e nos meses de novembro de 2006, março e maio de 2007. Os solos da área irrigada (S1) apresentaram valores da CE e da RAS sempre inferiores aos obtidos na área sob sequeiro, possivelmente em decorrência da textura arenosa ao longo de todo perfil do solo. O teor de umidade do solo durante a prática de irrigação foi estatisticamente superior (P<0,01) ao da estação chuvosa em todo o perfil amostrado, pelo teste de Wilcoxon. Foi registrada uma ascensão de 2,5 m e uma depleção de 0,15 m do lençol freático para os poços situados na área irrigada, P1 e P2, respectivamente, enquanto que os localizados na área sob sequeiro, P3 e P4 apresentaram uma depleção de 3,7 e 1,7 m, respectivamente. Portanto, o lençol freático deve ser monitorado em relação à profundidade, a adição de sais, esterco e resíduos de fertilizantes minerais e, ou agrotóxicos.

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Publicado

2008-11-12

Edição

Seção

Ciência do Solo e Engenharia Agrícola