Aclimatização “ex vitro” de mudas de antúrio em diferentes substratos

Resumo

O substrato empregado na aclimatização ex vitro pode influenciar as respostas das plantas mediante suas características físicas, químicas e biológicas. O estudo teve como objetivo avaliar o efeito de oito substratos sobre a aclimatização “ex vitro” de mudas micropropagadas de antúrio. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. Como mudas foram utilizadas plântulas provenientes de cultura de tecidos, com 3,8 cm de altura, que foram transferidas para bandejas de plástico com 54 células (80cm³.célula^-1) e irrigadas com solução nutritiva (CE 1,0 dS.m^-1) e água alternadamente. Aos 90 dias após o transplante foram avaliadas as variáveis altura de plântulas (cm), número de folhas por plântula e os pesos (g) das matérias fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com oito tratamentos (pó de coco seco; pó de coco seco + palha de carnaúba; pó de coco seco + casca de arroz carbonizada; pó de coco seco + casca de arroz carbonizada + húmus; palha de carnaúba; vermiculita; comercial 1 e comercial 2) e 24 repetições. As plântulas aclimatizadas no substrato pó de coco seco apresentaram o melhor crescimento e desenvolvimento, indicando que as características físico-químicas (CTC, pH, CE, porosidade e capacidade de retenção de água e aeração) desse substrato são as mais adequadas para a aclimatização dessa espécie. As plântulas aclimatizadas no substrato composto de vermiculita também apresentaram desempenho satisfatório.