Variabilidade no percentual de tegumento da semente de mamona e sua importância para o melhoramento

Autores

  • Liv Severino Embrapa Algodão
  • Walker Albuquerque Universidade Federal de Campina Grande
  • Maria Freire Embrapa Algodão
  • Jucélia Gomes Embrapa Algodão
  • Máira Milani Embrapa Algodão

Resumo

A redução no peso do tegumento em relação ao peso total da semente tem sido usada como estratégia para incremento do teor de óleo em sementes de oleaginosas como o girassol. Com objetivo de quantificar a variabilidade do percentual de tegumento e do peso da semente, assim como a associação entre estas variáveis em dez genótipos de mamona, mediu-se o peso da semente e percentual de tegumento nas cultivares BRS Paraguaçu, BRS Nordestina, BRS Energia, Epaba Ouro, AL Guarani, Mirante 10, Guarany, do híbrido Lyra, da linhagem CNPA 93-168 e de mamoneiras espontâneas de Campina Grande-PB. Utilizaram-se amostras de sementes de 20 g no delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições. Observou-se grande variabilidade em ambas as características. O percentual de tegumento variou de 28,80% na cultivar BRS Energia a 21,05% na cultivar Epaba Ouro e o peso da semente variou de 0,852 g na cultivar BRS Paraguaçu a 0,205 g na mamoneira espontânea, havendo correlação negativa entre estas duas variáveis (r2 = -0,77). A grande variabilidade observada no percentual de tegumento entre os genótipos avaliados indica que há possibilidade de se incrementar o teor de óleo da semente de mamona selecionando materiais que tenham menor participação do tegumento no peso total da semente, caminho que foi trilhado por melhoristas de outras espécies oleaginosas.

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Publicado

2009-03-28

Edição

Seção

Fitotecnia