Qualidade da água em canais de irrigação com cultivo intensivo de tilápia nilótica (Oreochromis nilóticus)

Autores

  • Carolyny Lima Universidade Federal da Paraíba
  • Elenise Oliveira Universidade Federal do Ceará
  • Jaime Filho Universidade Federal do Ceará
  • Francisco Santos Embrapa Meio-Norte
  • Walter Pereira Universidade Federal da Paraíba

Resumo

Para avaliar a qualidade da água em um sistema de cultivo integrado entre agricultura irrigada e piscicultura foram monitorados parâmetros físicos, químicos e biológicos da água de canais de irrigação com cultivo de tilápia nilótica (Oreochromis niloticus) nas densidades de 10; 20 e 30 peixes/m3. O experimento foi conduzido em canais de irrigação do DITALPI/DNOCS, seccionado com tela, onde foram estocados peixes com peso médio de 30±3 g. Já a água foi monitorada aos 8; 14; 21; 28; 35; 43; 50; 58 e 78 dias após a colocação dos peixes no canal. As variações registradas foram para temperatura: 29 a 30,9 ºC; transparência: 41 a 78 cm; alcalinidade total: 19,5 a 28,7 mg L-1; pH: 6,6 a 7,9; dureza: 26 a 66 mg L-1; oxigênio dissolvido: 4,3 a 6,9 mg L-1; condutividade elétrica: 0,059 a 0,150 mS cm-1; gás carbônico: 3,4 a 5,3 mg L-1; nitrito: 1,93 a 3,36 mg L-1; ortofosfato: 0,00 a 0,07 mg L-1 e clorofila a: 0,00 a 3,36 μg L-1. Os dados indicam que a criação de tilápia nilótica, em qualquer das densidades testadas, não alterou de forma negativa a qualidade da água do canal, sendo esse fato favorecido pelo manejo de bombeamento e vazão da água para a irrigação. Há, assim, possibilidade de integrar a piscicultura com a agricultura irrigada, maximizando o uso dos recursos hídricos continentais.

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Publicado

2009-03-28

Edição

Seção

Engenharia de Pesca