Acúmulo de íons e crescimento de pinhão-manso sob diferentes níveis de salinidade
Autores
Evandro Silva
Universidade Federal do Ceará - UFC
Joaquim Silveira
Universidade Federal do Ceará - UFC
Cícera Fernandes
Universidade Federal do Ceará - UFC
Antônia Dutra
Universidade Federal do Ceará - UFC
Rafael Aragão
Universidade Federal do Ceará - UFC
Palavras-chave:
Jatropha curcas. Estresse salino. Salinização do solo
Resumo
Objetivou-se caracterizar diferenças no padrão de absorção e partição dos íons sódio (Na+), cloreto (Cl-) e potássio (K+) em folhas e raízes, além de variáveis de crescimento em plantas de pinhão-manso expostas ao estresse salino. Plântulas de pinhão-manso com 23 dias de idade foram cultivadas em solução nutritiva contendo 0; 25; 50; 75 e 100 mM de NaCl durante quinze dias em condições de casa de vegetação com as seguintes condições ambientais: temperatura de 28 a 36 °C durante o dia e de 24 a 27 °C durante a noite e a umidade relativa média de 40 a 80% (dia/noite). A intensidade de radiação fotossinteticamente ativa máxima nas proximidades das folhas foi aproximadamente 1.200 mmol m-2 s-1. O acúmulo de Na+ e Cl- nas folhas e raízes aumentou proporcionalmente ao incremento de NaCl, contudo o conteúdo de K+ foi reduzido tanto em folhas quanto em raízes em função do aumento da salinidade. Nas folhas, o acúmulo de Na+ e Cl- foi de 2.493 e 980 mmol kg-1 MS enquanto nas raízes 1.681 e 1.458 mmol kg-1 MS, respectivamente, para a dose de 100 mM. Os conteúdos de K+ em folhas e raízes, no maior nível de salinidade, foram de 188 e 1.043 mmol kg-1 MS, respectivamente. A relação K+/Na+ diminuiu significativamente tanto em folhas quanto em raízes com o aumento da dose de NaCl. Uma mesma tendência foi observada na quantidade de massa seca total da planta. Os dados evidenciam que plantas jovens de pinhão-manso são sensíveis à salinidade.