Biomassa, atividade microbiana e FMA em rotação cultural milho/feijão-de-corda utilizando-se águas salinas

Autores

  • Maria Bezerra Universidade Federal do Ceará
  • Claudivan Lacerda Universidade Federal do Ceará
  • Geocleber Sousa Universidade Federal do Ceará
  • Vânia Gomes Universidade Federal do Ceará
  • Paulo Filho Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

Estresse salino, Zea mays L., Vigna unguiculata L., Microrganismos

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da irrigação com água de alta e baixa salinidade sobre variáveis microbiológicas do solo em área submetida à rotação de cultura entre milho (Zea Mays L.) e feijão-de-corda (Vigna unguiculata L.). A área destinada ao experimento foi dividida em duas subáreas, sendo realizados quatro cultivos: dois cultivos irrigados na estação seca e dois de sequeiro na estação chuvosa. O estudo foi conduzido em campo, utilizando-se o delineamento em blocos ao acaso, com cinco repetições. Nos cultivos irrigados foram usadas água com as seguintes condutividades elétricas (CEa): 0,8; 2,2; 3,6 e 5,0 dS m-1. Os cultivos de sequeiro foram realizados nas mesmas parcelas que foram cultivadas na estação seca, as quais permaneceram demarcadas e identificadas. No início e ao final de cada cultivo, foram coletadas amostras em duas subáreas na região radicular das plantas, no terço médio da fileira central de cada parcela. O aumento da salinidade da água de irrigação promoveu aumento do número total de esporos de fungos micorrízicos arbusculares FMA e reduziu a respiração basal do solo, o carbono da biomassa e o coeficiente metabólico microbiano (qCO2), principalmente na área cultivada com feijão-de-corda. O gênero Glomus respondeu por mais de 70% dos esporos totais encontrados, sendo que essa percentagem aumentou nos tratamentos com maior salinidade nos cultivos da estação seca. Os dados não evidenciaram qualquer efeito negativo da salinidade residual sobre as variáveis microbiológicas avaliadas, em função da irrigação com água salina durante os cultivos da estação seca.

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Publicado

2010-11-29

Edição

Seção

Engenharia Agrícola