Potencial de duas espécies de eucalipto na fitoestabilização de solo contaminado com zinco
Autores
Marcio Magalhães
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Nelson Amaral Sobrinho
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Fabiana Santos
Universidade Federal Fluminense
Nelson Mazur
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Palavras-chave:
Eucalipto, Solos-teor de zinco, Fitorremediação
Resumo
Com o objetivo de avaliar a técnica da fitoestabilização para remediar solo contaminado com zinco, foram utilizadas as espécies Eucalyptus urophylla e Eucalyptus saligna em conjunto com os resíduos siderúrgicos escória de aciaria e carepa de laminação. O experimento foi realizado em casa de vegetação na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, utilizando-se um solo contaminado com Zn, coletado em área próxima ao pátio de minério do Porto de Itaguaí e ao local de disposição de resíduo perigoso da Cia Mercantil e Industrial Ingá em Itaguaí‑RJ. O substrato foi tratado com dois agentes inertizantes: um resíduo industrial com característica alcalina (escória de aciaria) nas doses de 4 e 6% e outro com alto teor de óxido de ferro usado como adsorvente (carepa de laminação), em dose única de 1%. Após o transplantio das mudas, foram feitas coletas do substrato para determinação do pH e o fracionamento de Zn nas diferentes formas químicas. Verificou-se que o substrato, não tratado, apresentava alto teor de zinco nas frações fitodisponíveis. Os tratamentos causaram a redução nas concentrações de Zn nas formas químicas hidrossolúveis e trocáveis e aumento nas fases mais estáveis. A menor dose de escória de aciaria foi suficiente para provocar diminuição nas concentrações de zinco em solução, sendo esse efeito evidenciado pelo desenvolvimento das plantas, enquanto a maior dose de escória de aciaria promoveu maior crescimento das espécies. A espécie que obteve melhor desenvolvimento foi o E. urophylla, entretanto, a que apresentou maior acúmulo total de Zn foi o E. saligna.