Fluorescência da clorofila como uma ferramenta possível para seleção de tolerância à salinidade em girassol

Autores

  • André Azevedo Neto Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Pedro Pereira Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Danilo Costa Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Ana Santos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Palavras-chave:

Estresse salino, Helianthus anuus

Resumo

O efeito do estresse salino de intensidade e duração conhecida nos parâmetros de fluorescência da clorofila em plantas de girassol foi estudado objetivando selecionar genótipos tolerantes e sensíveis à salinidade. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em um arranjo fatorial entre 10 genótipos e 2 níveis de salinidade, com quatro repetições. As sementes foram semeadas em areia lavada e, após a germinação, foram transplantadas para vasos contendo solução nutritiva ou solução nutritiva com 100 mM de NaCl, em casa de vegetação. Após 27 dias nessas condições, foram avaliadas a fluorescência basal (F0), a eficiência quântica potencial do fotossistema 2 - PS2 (Fv/Fm), a razão Fv/F0 e a eficiência quântica efetiva do PS2 (Y). Os coeficientes dos “quenching” fotoquímico (qP) e não fotoquímico (qN, qCN e NPQ) também foram calculados. O estresse salino aumentou F0 e diminuiu Fv/Fm, Fv/F0 e Y, sugerindo injúrias na estrutura dos tilacóides causadas pela salinidade. Esses efeitos foram mais pronunciados no genótipo AG-960 e menos pronunciados no AG-975. O genótipo AG-960 também apresentou os maiores aumentos em qN, qCN e NPQ, em contraste com o observado para o AG-975. Dessa forma, AG-975 e AG-960 foram caracterizados como tolerante e sensível à salinidade, respectivamente. Os demais genótipos apresentaram tolerância intermediária ao estresse salino. Os resultados indicam que a fluorescência da clorofila pode ser utilizada como uma ferramenta para a seleção de genótipos de girassol tolerantes à salinidade.

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Publicado

2011-07-05

Edição

Seção

Fitotecnia