Perda de matéria seca em grãos de milho armazenados em bolsas herméticas
Autores
Silmara dos Santos
Universidade Federal de Viçosa
Marcio Martins
Universidade Federal de Viçosa
Leda Rita Faroni
Universidade Federal de Viçosa
Valfrido De Brito Junior
Universidade Federal de Viçosa
Palavras-chave:
Milho, Grãos-armazenamento, Taxa respiratória
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade e a perda de matéria seca em grãos de milho armazenados em bolsas herméticas sob diferentes temperaturas. Para isso, grãos de milho com teor de água inicial de 14,8 e 17,9% foram acondicionados em bolsas de polietileno lacradas e armazenados em temperaturas de 15; 25 e 35 °C. Ao longo de 150 dias, em intervalos de 30 dias, as concentrações de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) nas bolsas foram medidas e amostras dos grãos foram retiradas para a determinação do teor de água, massa específica aparente da matéria seca, percentual de germinação e classificação comercial. A perda de matéria seca foi estimada por meio de um modelo obtido como função da taxa respiratória dos grãos. Em 150 dias, a perda de matéria seca dos grãos de milho armazenados com teor de água de 14,8% foi aproximadamente 3,5 vezes inferior à verificada para o produto armazenado com teor de água de 17,9%. Com base nos resultados de percentual de germinação e massa específica aparente da matéria seca, o limite de 0,015% de perda de matéria seca pode ser considerado como máximo admissível para a manutenção da integridade dos grãos no armazenamento em bolsas herméticas. Aos 150 dias, apenas, os grãos de milho armazenados com teor de água de 17,9% em temperatura de 35 °C apresentam classificação inferior (Tipo 2) à do início do experimento e esta condição coincidiu com a perda de matéria seca de 0,037%.