Densidade de plantio e rendimento de raízes de mandioca
Palavras-chave:
Manihot esculenta, Plantas-populações, Plantas-espaçamentoResumo
Na Mata Fresca, área situada na divisa dos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará, pequenos agricultores têm como fonte de renda a obtida com a produção de raízes de mandioca, usando densidades de plantio em torno de 5.000 plantas ha-1. Esse procedimento pode estar limitando a obtenção de maiores rendimentos de raízes, pois alguns trabalhos demonstraram que é possível a obtenção de rendimentos maiores da mandioca, com maiores densidades. O objetivo do trabalho foi avaliar o rendimento de raízes e outras características da mandioca em resposta à densidade de plantio. A cultivar Vermelhinha foi submetida às densidades de plantio de 5.000 a 21.000 plantas ha-1, com intervalos de 2.000 plantas ha-1, em experimento irrigado. Utilizou-se o delineamento de blocos completos casualizados com quatro repetições. As densidades de plantios ideais para maximizar a obtenção de matérias frescas de folhas, caule + ramos, total de raízes, de raízes comercializáveis, número de raízes comercializáveis, e de matérias secas de raízes comercializáveis e da parte aérea foram de 17.800; 17.077; 14.416; 13.594; 16.436; 12.361 e 18.149 plantas ha-1, respectivamente. Com a adoção da densidade de plantio usada pelos agricultores, obtiveram-se 15.837 kg ha-1 de raízes comercializáveis. Com o uso da densidade ideal encontrada no presente trabalho (13.594 plantas ha-1), o rendimento foi mais do dobro do rendimento do agricultor. O aumento da densidade de plantio reduziu o comprimento das raízes comercializáveis e o índice de colheita (relação entre a matéria seca das raízes comercializáveis e a matéria seca total da planta).