Perfil volátil e potencial fungitóxico do hidrolato e extrato de sementes e folhas de Schinus terebinthifolius Raddi
Autores
Marília Santos
Universidade Federal de Sergipe
Luiz Fernando Oliveira Junior
Universidade Federal de Sergipe
Lucas Oliveira
Universidade Federal de Sergipe
Clarissa Carvalho
Universidade Federal de Sergipe
Paulo Gagliardi
Universidade Federal de Sergipe
Palavras-chave:
Aroeira-do-sertão, Antracnose, Controle de doenças
Resumo
A antracnose é a principal doença pós-colheita em frutos de goiabeira e visando reduzir o uso de agroquímicos tem-se investido em métodos alternativos de controle desta doença. O estudo teve como objetivo avaliar o rendimento da produção e a caracterização química de hidrolato e extratos provenientes de folhas e sementes de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) em diferentes tempos de destilação. O trabalho inclui ainda a avaliação, in vitro, do potencial inibitório do fungo Colletotrichum gloeosporioides. O hidrolato e o extrato foram obtidos pelo método de hidrodestilação realizado em aparato de Clevenger e a determinação do perfil fotoquimico foi realizado por meio de cromatografia gasosa. Os ensaios com o fungo foram realizados a partir da adição dos subprodutos ao meio de cultura BDA em placas de Petri com 6 concentrações de extrato aquoso (5; 10; 15; 20; 25 e 30%) e 4 de hidrolato (10; 15; 20 e 25%) acondicionadas em câmara a 25 ºC. Os resultados mostraram que as folhas de S. terebinthifolius proporcionaram maior volume de hidrolato quando comparadas às de sementes, porém o rendimento de extrato aquoso foi semelhante para as duas estruturas vegetais estudadas. O tempo de hidrodestilação não exerceu influência no rendimento dos subprodutos. As análises cromatográficas não detectaram compostos presentes no hidrolato de aroeira. No ensaio in vitro de inibição do fungo, o extrato aquoso e hidrolato, em todas as concentrações testadas, não apresentaram potencial fungitóxico para o C. gloeosporioides, agente causador da antracnose em goiabas.