Determinantes de virulência em Enterococcus endógenos de queijo artesanal

Autores

  • Bruna Porto Embrapa Agroindústria Tropical
  • Graciela Fujimoto Universidade Estadual de Campinas
  • Maria de Fatima Borges Embrapa Agroindústria Tropical
  • Laura Maria Bruno Embrapa Agroindústria Tropical
  • Juliane Carvalho Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

Produtos lácteos, Bactérias ácido láticas, Patogenicidade, Susceptibilidade a antibióticos

Resumo

A presença de Enterococcus spp. em alimentos representa um perigo para a saúde pública, devido a sua frequente associação a várias infecções clínicas. A patogenicidade de Enterococcus é multifatorial, complexa e ocorre a partir de uma sequência de fatores de virulência. O objetivo do estudo foi avaliar a presença de determinantes fenotípicos e genotípicos de virulência em Enterococcus spp. isolados de queijo de Coalho. Um total de 53 cepas de Enterococcus spp. foram analisadas quanto à susceptibilidade a antimicrobianos, produção de hemolisinas, DNAse, termonuclease, gelatinase e o perfil de genes codificadores de virulência. Observou-se que 75,5% das cepas foram resistentes a pelo menos um dos nove antibióticos testados, 26,42% foram resistentes a dois e 3,77% a três antibióticos. A presença de fenótipos de resistência à vancomicina foi constatada em 11,33% das cepas. A atividade hemolítica foi observada em 100% das cepas, a produção de DNAse, em apenas 3,8%, e não houve produção de termonuclease e gelatinase. As cepas resistentes à vancomicina e teicoplanina foram identificadas como E. faecium e Enterococcus spp. O perfil de determinantes genéticos de virulência foi bastante variável e 90% das cepas abrigavam pelo menos um dos nove genes pesquisados. O gene efaA apresentou maior prevalência (70%), seguido do gene ace (50%), gene esp e gene gelE (40%).

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Publicado

2015-11-05

Edição

Seção

Engenharia de Alimentos