Associação de fungicidas no controle da antracnose da soja no Mato Grosso do Sul
Autores
Afonso Pesqueira
Universidade Federal da Grande Dourados
Lilian Maria Bacchi
Universidade Federal da Grande Dourados
Walber Gavassoni
Universidade Federal da Grande Dourados
Palavras-chave:
Colletotrichum truncatum, Glycine max, Doença
Resumo
A soja é um produto agrícola mundial, justificando investimentos para reduzir fatores adversos à sua produção como a antracnose causada por Colletotrichum truncatum. Três experimentos foram conduzidos com o objetivo de avaliar o controle da antracnose por fungicidas, isolados ou em associação, na parte aérea da soja em duas épocas de semeadura na safra 2011/12 nas condições de Dourados e Maracaju (MS). O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com cinco repetições. Os tratamentos foram: testemunha, carbendazim 250 g a.i. ha-1, piraclostrobina 66,5 g i.a. ha-1 + epoxiconazol 25 g i.a. ha-1, picoxistrobina 60 g i.a. ha-1 + ciproconazol 24 g i.a. ha-1, carbendazim 250 g i.a. ha-1 + piraclostrobina 66,5 g i.a. ha-1 + epoxiconazol 25 g i.a. ha-1 e carbendazim 250 g i.a. ha-1 + picoxistrobina 60 g i.a.ha-1 + ciproconazol 24 g i.a.ha-1. Duas aplicações de fungicidas foram realizadas, a primeira no momento da detecção da doença no estádio R2 de desenvolvimento e a segunda 19 dias após. Foi avaliada a incidência e severidade média, desfolha, altura de plantas, altura da inserção da primeira vagem, número de vagens, produtividade e massa de mil grãos. Foi realizada a patologia de sementes com enfoque na incidência de C. truncatum. O uso de carbendazim, isolado ou em mistura, controlou a antracnose da soja na parte aérea e em sementes. A aplicação de fungicidas proporcionou redução na desfolha, menor porcentagem de pecíolos doentes, maior número de vagens, maior altura de plantas e ganhos na produtividade. Carbendazim + ciproconazol + picoxistrobina apresentou esporadicamente maior controle do que carbendazim isolado.