Glauconite as a potential source of potassium in Brazilian agriculture - a review

Autores

Palavras-chave:

Verdete, Siltito Glauconítico, Adubação Potássica

Resumo

A elevada dependência brasileira por fertilizantes potássicos tem incentivado o uso agrícola e florestal de pós de rochas silicatadas. Atualmente, dezenas de pós de rochas, incluindo rochas glauconíticas, produzidos em vários estados do país estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como Remineralizadores de Solo, sendo, em sua maioria, posicionados como fontes alternativas de K. A indicação desses materiais como fertilizantes potássicos tem apelo na elevada dependência externa brasileira por K, que alcançou cerca de 96% para a safra 2021/2022. Rochas glauconíticas, como verdetes, ardósias e siltitos grauconiticos ocorrem em extensas áreas do estado de Minas Gerais (Abaeté, Quartel Geral, Cedro do Abaeté, Sete Lagoas, Matutina e São Gotardo), sendo predominantes na formação Serra da Saudade como cobertura sedimentar do Cráton São Francisco. Os teores totais de K-K2O nessas rochas variam em geral, entre 5 e 12% m/m, sendo deste montante, solúvel em água e em ácido cítrico 2% entre 0,1 e 1,4 % e 0,7 e 2,3 %, respectivamente. O grau de cristalinidade das glauconitas é muito variável nessas rochas, devido as diferentes condições de formação e grau de alteração pelo intemperismo, esse último especialmente para os afloramentos rochosos. O uso in natura de rochas glauconiticas como fertilizantes potássicos tem apresentado baixa eficiência agronômica devido à baixa solubilidade e reatividade desses materiais. Tratamentos térmicos assistidos com fundentes, químicos (ataque ácido ou alcalino) e biológicos (com Acidithiobacillus sp) têm demonstrado potencial de dissolução das glauconitas. Contudo, tanto para tais tratamentos como o uso direto dos materiais como fertilizantes há grande carência de estudos que demonstrem viabilidade financeira. 

   

Biografia do Autor

Antonio da Costa Júnior, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo

Engenheiro Agrônomo e Especialista em Solos e Nutrição de Plantas pela ESALQ/USP.

Sara Ramos Dos Santos, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo

Doutora em Ciências (Solos e Nutrição de Plantas) pela USP/ESALQ (2016-2020), Mestre em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) (2013-2015) e Graduada em Engenharia Agronômica também pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) (2008-2013).

Greice Leal Pereira, Universidade Federal de Viçosa

Universidade Federal de Viçosa

Wedisson Oliveira Santos, Universidade Federal de Uberlândia

Professor de Solos e Nutrição de Plantas na Universidade Federal de Uberlândia. Doutor e Mestre em Solos e Nutrição de Plantas pela UFV.

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Publicado

2024-02-22

Edição

Seção

Ciência do Solo