Development of biofertilisers from calcined bones: production, and physicochemical and ecotoxicological analysis
Palavras-chave:
Desenvolvimento sustentável, Fertilizantes, Ossos, Tratamento térmicoResumo
A carência do uso de outras matérias-primas além da bovina e da não padronização de protocolos na produção de farinhas de osso fomenta a investigação biotecnológica desse nicho de fertilizantes de base biológica. O objetivo foi desenvolver e caracterizar farinhas de ossos calcinados a partir de diferentes fontes animais e tratamentos térmicos. Fêmures bovinos, suínos e ovinos receberam tratamentos térmicos de 2h ou 4h e suas farinhas (FOC1, FOC2 e FOC3) foram comparadas à uma farinha de osso comercial com processamento desconhecido (FOCC-Unk). Na análise de produção, FOC1 e FOC3 tiveram maiores rendimentos do que FOC2 com 2h enquanto apenas FOC1 manteve a diferença para FOC2 com 4h. Nas análises físico-químicas, as farinhas calcinadas com 4h demonstraram morfologia granular mais clara e homogênea do que com 2h e FOCC-Unk e alta concentração mineral, alcançando o dobro da presença de fósforo e cálcio comparadas à FOCC-Unk. Na análise ecotoxicológica com Artemia salina, todas as farinhas testadas foram atóxicas, sendo FOC1 e FOC3 com 4h mais seguras do que as demais farinhas experimentais, chegando ao quádruplo ou ao dobro da concentração letal a 50% da FOCC-Unk respectivamente. Farinhas de osso bovino e ovino calcinadas por maior tempo demonstram ser mais promissoras do que suínas para geração de produtos nutricionais para solos ácidos.