CADERNOS DE ROSA: UMA LIÇÃO BENJAMINIANA SOBRE A ARTE DA LINGUAGEM

Autores

  • Marília Rothier Cardoso

Resumo

Embora essencialmente um contador de estórias, Guimarães Rosa desenvolveu um estilo muito sofisticado para construir suas narrativas, combinando o falar arcaizante do sertão com a dicção solene da tradição clássica e com os experimentos da vanguarda cosmopolita. Pesquisando seus arquivos, podem-se encontrar cadernos de anotações onde o escritor registrou versos populares, fragmentos de relatos de vaqueiros, estórias de fada, vocabulário típico da lida do campo, citações dos clássicos do bucolismo e informações dos viajantes naturalistas do sé- culo XIX. Uma leitura comparativa entre esse tipo de notas manuscritas e os contos publicados nos permite captar uma teoria da linguagem própria de Rosa, que corresponde, como ele mesmo dizia, a um tipo de técnica tradutória. Assim, para tentar explicar tal teoria é muito útil tomar de empréstimo de Walter Benjamin alguns conceitos e metáforas operacionais, uma vez que se pode surpreender uma impressionante semelhança entre o pensamento dos dois escritores. Palavras-chave: saber comunitário sertanejo; arte experimental; teoria da linguagem

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Como Citar

CARDOSO, Marília Rothier. CADERNOS DE ROSA: UMA LIÇÃO BENJAMINIANA SOBRE A ARTE DA LINGUAGEM. Revista de Letras, [S. l.], v. 1, n. 28, 2016. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/revletras/article/view/2324. Acesso em: 8 out. 2024.