ROMANCE ENGAJADO, FOLHETIM/MELODRAMA E METAFICÇÃO: A HORA DA ESTRELA

Autores

  • Arnaldo Franco Junior

Resumo

Neste artigo, estudaremos a utilização de recursos do romance folhetim, do melodrama, do romance social neo-realista e de um repertório kitsch na construção de A hora da estrela, de Clarice Lispector. Nossa hipótese de leitura é a de que por meio da articulação de recursos e procedimentos característicos de tais gêneros romanescos e, também, de recursos estruturais do conto maravilhoso e da chamada notícia miúda (fait divers), a escritora tensiona a polaridade arte de vanguarda X kitsch característica do Modernismo. Ambiguamente, reafirma tal polaridade para melhor questionar a hierarquia de valores dela derivada. Neste sentido, Clarice Lispector estabelece, no plano metaficcional de seu romance, uma crítica a determinadas utopias da arte moderna que balizaram alguns dos parâmetros de avaliação da crítica literária brasileira no século XX. As análises da construção e dos nomes das personagens e do recurso a estereótipos, clichês e frases feitas será o objeto que evidenciará nossa hipótese de leitura crítica do texto. Palavras-chave: Folhetim, kitsch, metaficção

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Como Citar

JUNIOR, Arnaldo Franco. ROMANCE ENGAJADO, FOLHETIM/MELODRAMA E METAFICÇÃO: A HORA DA ESTRELA. Revista de Letras, [S. l.], v. 1, n. 29, 2016. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/revletras/article/view/2342. Acesso em: 21 nov. 2024.