POR UMA TRADUÇÃO PERFORMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.36517/revletras.39.1.3Resumo
Este artigo busca fundar bases iniciais para o estabelecimento de um quarto tipo de tradução para além da tríade estabelecida por Roman jakobson (1969). Através das noções de escritura, acontecimento e intempestividade, pretendemos propor que a performance é um mecanismo de tradução que ressignifica a conjuntura histórica na qual está inserida. Desse modo, o que aqui intitulamos de tradução performática implica a concepção da cena da performance como um processo tradutório. Ou seja, apontamos que, através da cena, a performance cria rasuras em discursos oficiais e em estruturas de ordenamento cronológico – aderindo e ao mesmo tempo tomando distância de seu tempo – marcando, pois, a intempestividade (Nietzsche, 2003) da tradução performática. Propomos, ainda, que o sujeito ativo da tradução performática é o performer-tradutor que, por meio das performances, constrói dispositivos para que se torne aquilo que é – no vazio da possibilidade de existência como sujeito ativo do mundo, as performances funcionam como formas estéticas e políticas de recriação de existência.
Palavras-chave: tradução performática, cena, conjuntura histórica.
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