POR UMA TRADUÇÃO PERFORMÁTICA

Autores

  • Elizabeth Santos Ramos
  • Luana Lise Carmo da Solidade

DOI:

https://doi.org/10.36517/revletras.39.1.3

Resumo

Este artigo busca fundar bases iniciais para o estabelecimento de um quarto tipo de tradução para além da tríade estabelecida por Roman jakobson (1969). Através das noções de escritura, acontecimento e intempestividade, pretendemos propor que a performance é um mecanismo de tradução que ressignifica a conjuntura histórica na qual está inserida. Desse modo, o que aqui intitulamos de tradução performática implica a concepção da cena da performance como um processo tradutório. Ou seja, apontamos que, através da cena, a performance cria rasuras em discursos oficiais e em estruturas de ordenamento cronológico – aderindo e ao mesmo tempo tomando distância de seu tempo – marcando, pois, a intempestividade (Nietzsche, 2003) da tradução performática. Propomos, ainda, que o sujeito ativo da tradução performática é o performer-tradutor que, por meio das performances, constrói dispositivos para que se torne aquilo que é – no vazio da possibilidade de existência como sujeito ativo do mundo, as performances funcionam como formas estéticas e políticas de recriação de existência.

Palavras-chave: tradução performática, cena, conjuntura histórica.

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Publicado

2020-06-30

Como Citar

RAMOS, Elizabeth Santos; SOLIDADE, Luana Lise Carmo da. POR UMA TRADUÇÃO PERFORMÁTICA. Revista de Letras, [S. l.], v. 1, n. 39, 2020. DOI: 10.36517/revletras.39.1.3. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/revletras/article/view/61404. Acesso em: 26 abr. 2024.