AS RECATEGORIZAÇÕES EM REDES REFERENCIAIS NOS COMENTÁRIOS DO INSTAGRAM

Autores

  • Janaica Gomes MATOS
  • Stelyo Rubens de Souza NOGUEIRA

DOI:

https://doi.org/10.36517/revletras.41.1.6

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar, em diálogo com a perspectiva tecnodiscursiva de Paveau (2020; 2021), as recategorizações em redes referenciais, nos comentários do Instagram, cujos textos se integram uns aos outros, sob o traço da relacionalidade discursiva. Partimos então das características do discurso nativo digital, destacando as potenciais relações entre a postagem inicial e os comentários, nos quais operam as redes de referentes. Para tanto, baseamo-nos na noção de redes referenciais em Matos (2018), pautadas nas ideias sobre a construção referencial segundo Cavalcante e Brito (2016) e nos modos de (re)elaborações do referente, conforme Custódio Filho (2011), cujo esquema foi acrescentado por Matos (2018). Assim, analisamos os textos na rede social Instagram, observando a postagem de nota política sobre “Bolsonaro”, no Jornal O Povo On-line, seguida de 90 comentários por 56 internautas. Atentamos para o fato de que as recategorizações sobre determinado referente podem ultrapassar, relacionalmente, a fronteira de uma postagem, vindo a continuar-se nos comentários subsequentes do compósito de gêneros da rede social. Essa continuidade ocorre por acréscimos e (des)confirmações de sentidos, conforme a ideologia e as influências dos sujeitos, uns sobre os outros. Com isso, apontamos a necessidade de ampliação do alcance analítico das redes referenciais ao nível intertextual, de modo a incluir a contribuição dos recursos tecnolinguageiros para essa troca de sentidos em negociação. 

Palavras-chave: redes referenciais, recategorização, comentários on-line, relacionalidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2022-07-15

Como Citar

MATOS, Janaica Gomes; NOGUEIRA, Stelyo Rubens de Souza. AS RECATEGORIZAÇÕES EM REDES REFERENCIAIS NOS COMENTÁRIOS DO INSTAGRAM. Revista de Letras, [S. l.], v. 1, n. 41, 2022. DOI: 10.36517/revletras.41.1.6. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/revletras/article/view/81097. Acesso em: 22 nov. 2024.