Airton Maranhão e a construção da “autoridade” literária

Autores/as

  • Ruan Carlos Mendes

Palabras clave:

História. Literatura. Autoridade. Campo.

Resumen

Airton Maranhão (1950-2015) dividia-se entre a advocacia e a escrita literária sobre Russas/CE. Objetivamos compreender a construção de autoria de Maranhão e entendê-lo como um sujeito que se construiu nas normas do dizer, que fez um investimento de produção dentro de uma literatura. Compreenderemos como se produz um discurso literário em uma determinada historicidade; analisando os paratextos visualizaremos as tensões no “campo” da produção literária de seu tempo.  Um autor que dialoga com a obra de Maranhão é Dimas Macedo (1956), que “autoriza” Maranhão, definindo-o como um escritor subterrâneo/marginal, localizando-o em um campo literário “local”. O marginal ativa o funcionamento de colocar fora, mas colocando dentro. Um autor que não teria repercussão maior e por isso fabrica-se esse recorte, construindo um espaço dentro do “campo” e há um “jogo de poder” sendo acionado quando Macedo afirma que não há uma valorização da literatura de “seu lugar”. Um texto literário, conscientemente ou não, cita as “regras” para ser literatura, o discurso não é totalmente “livre”, o escritor busca subverter ou se submeter às “normas” vigentes buscando “autoridade”. Maranhão se utilizou de categorias antigas para se firmar no campo literário dos anos 90, uma ideia de “autoridade” em declínio. Agradecemos a CAPES.

Publicado

2023-01-20

Número

Sección

GT 5 - A HISTÓRIA NO LABIRINTO DAS FONTES