A WOMAN’S PLACE: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DA PERSONAGEM SERENA JOY DO LIVRO PARA AS TELAS

Autores/as

  • Alane Melo da Silva

Resumen

O presente artigo tem como objetivo empreender uma análise comparativa da adaptação da personagem Serena Joy do livro O Conto da Aia (1985) para a série homônima de televisão produzida pelo canal de streaming Hulu (2017-2018). A obra supracitada apresenta um mundo distópico onde os Filhos de Jacó, um grupo religioso fundamentalista através de um golpe militar depõe o governo democrático dos Estados Unidos e instituem a República de Gileade, um Estado totalitário e teocrático que impõe a repressão as liberdades individuais, dividindo homens e mulheres em castas[1], sendo que mulheres deveriam desempenhar determinadas funções de acordo com a sua capacidade biológica. A personagem feminina Serena Joy é a principal representante das Esposas, grupo de mulheres casadas com os Comandantes de Gileade, que tem o maior status social possível para mulheres na obra. Portanto, nesse artigo analisaremos como a personagem foi adaptada do livro para a série de televisão. Como fundamentação teórica, recorremos a Even-Zohar (1990), Lefevere (1992), Brito (1995), Ribeiro (2005) Stam (2008) e Hutcheon (2013) que fundamentam o conceito de tradução intersemiótica e abordam aspectos essenciais da adaptação fílmica e Candido (2011) que discorre sobre o conceito de personagem na obra literária.

 

Palavras-chave: Margaret Atwood. O conto da Aia. Serena Joy.


[1] Os nomes das castas iniciam em letras maiúsculas de acordo com a tradução da obra no Brasil realizada pela Editora Rocco, 2017.

Citas

ATWOOD, Margaret. O conto da Aia. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2017.

BÍBLIA SAGRADA. Edição revista e atualizada 2ª edição. Barueri: Editora Sociedade Bíblica do Brasil. 2014.

BRITO, J. B. Literatura, cinema, adaptação. João Pessoa: Graphos, ano I, n. 2, 1995. p. 9 – 28.

CANDIDO, A. et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2011.

EVEN-ZOHAR, Itamar. Polysystem Studies. Poetics Today. Durham: Duke University Press, v. 11, n. 1. 1990.

HUTCHEON, L. Uma teoria da adaptação. Tradução de André Cechinel. Florianópolis: Editora UFSC, 2013.

LEFEVERE, A. Translation, rewriting & the manipulation of literary fame. London / New York: Routledge, 1992.

RIBEIRO. E. O Senhor dos anéis: A Tradução da simbologia do anel do livro para o cinema. Florianópolis. Revista Cadernos de Tradução, UFSC, 2005.

STAM, R. A literatura através do cinema: realismo, magia e a arte da adaptação. Tradução de Marie-Anne Kremer e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

Publicado

2018-12-29