O Espelho de Tarkovsky:

Fragmentação discursiva como gagueira

Autores/as

  • Felix Rebolledo Palazuelos UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.36517/vazppgartesufc2020.1.6

Palabras clave:

Tarkovsky, O Espelho, Gagueira, Narrativa

Resumen

O Espelho (1975), terceiro longa-metragem de Andrei Tarkovsky, é considerado a sua obra mais pessoal. O desdobramento poético do filme é marginalmente narrativo na medida em que conta uma história através de fragmentos discursivos temporalmente desconjuntados que minam a continuidade narrativa. As vinhetas são, na sua maioria, dramatizações das lembranças do protagonista de acontecimentos infantis, sonhos e devaneios, que articulam uma lógica temporal que requer uma espacialização não convencional da narrativa para torná-la coerente. Na sua constelação analítica, discernimos uma dinâmica repetitiva de identificação empática como estratégia de engajamento com o espectador. Apontamos a labor iterativa do protagonista como a gagueira que espelha a luta do indivíduo para encontrar uma voz como expressão de uma identidade coletiva.

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Publicado

2020-12-10

Cómo citar

Rebolledo Palazuelos, F. (2020). O Espelho de Tarkovsky:: Fragmentação discursiva como gagueira. Revista Vazantes, 4(1), 63–80. https://doi.org/10.36517/vazppgartesufc2020.1.6