Histórias que os Rostos Trilham: Uma etnografia desenhada
Abstract
Esta experiência etnográfica é um esboço das conversações de Silvia Roque Figueroa com quatro moradores da Comunidade do Trilho, na cidade de Fortaleza, estado de Ceará, Brasil. Quatro falas que a levaram a desenvolver e refletir sobre traduções intersemióticas, partindo da oralidade-memória para a escrita alfabética e o desenho. Este ciclo de traduções transmodais liga-se a um modo de perceber a antropologia; aquela com uma atenção voltada aos processos de tradução, entre os distintos meios semióticos (oral, escrita, plástico) que colocam como desafios técnico, epistêmico e ético o estatuto da produção do conhecimento. A autora desenvolveu estes trabalhos na série que chamou de “História que os Rostos Trilham” (2017).1 Neste ensaio, são descritos os processos destas traduções, visando a uma reflexão sobre o que pode ser uma etnografia desenhada.