“Diga a ela que me viu chorar”
Amores e dores na Craco
DOI:
https://doi.org/10.36517/vazppgartesufc2020.2.60093Parole chiave:
Arte Etnográfica, Experiência Relacional, Cinema, Cracolândia, DrogasAbstract
O texto faz uma análise do filme Diz a ela que me viu chorar, da jovem diretora Maíra Bühler, vencedor da mostra competitiva do 8o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. É resultado da vivência da cineasta na região da Cracolândia, em São Paulo, ao longo do segundo semestre de 2016, em um “hotel social” do Programa “De Braços Abertos” (DBA), da gestão Fernando Haddad, que se propunha cuidar
das pessoas que habitam ou perambulam naquela região e que fazem uso abusivo ou compulsivo de substâncias psicoativas, sob a perspectiva da Redução de Danos. É um filme etnográfico, no sentido de fluir se compondo na experiência relacional das personagens, tornando a Cracolândia um território vivido (em vez de só fumado), acompanhando a vida de pessoas cuja maior reivindicação é viver seus amores e suas do-
res, sem que tenham seus corpos atravessados por balas ou por nossos julgamentos preconceituosos.