Teoria crítica e pedagogia do amor: perspectivas de resistência em Adorno e bell hooks

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/arf.v17iespecial2.96137

Palavras-chave:

Educação Emancipadora. Teoria Crítica. bell hooks. Amor.

Resumo

O presente artigo se desafia a relacionar as interfaces entre a teoria crítica, especialmente em sua vertente adorniana, e a pedagogia de bell hooks, tomando como base as obras Educação e Emancipação, Ensinando a Transgredir e Ensinando Comunidade. Diante de uma sociedade marcada por uma racionalidade técnica e por estruturas educacionais que reforçam lógicas de dominação, novas pedagogias propõem pensar a educação como prática de liberdade, ato de amor e espaço de resistência. É nesse contexto que direcionamos nosso olhar para os desafios enfrentados pela educação contemporânea, apontando possibilidades de ruptura com a lógica neoliberal por meio de uma pedagogia afetiva e de resistência. Em um mundo marcado pela desumanização, se ainda existem possibilidades de um ato educativo voltado à emancipação do indivíduo, elas passam hoje pela transformação das relações afetivas.

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Biografia do Autor

Emanuelle Beserra de Oliveira, Instituto Federal do Ceará (IFCE)

Professora EBTT de Filosofia do Instituto Federal do Ceará (IFCE). Doutora em Filosofia e Sociologia da Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisadora do Grupo “Educação, Teoria Crítica e Filosofia Contemporânea” (CNPq). Coordenadora do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (NUGEDS) – IFCE, campus Jaguaribe.

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Publicado

2025-12-02

Como Citar

Oliveira, E. B. de. (2025). Teoria crítica e pedagogia do amor: perspectivas de resistência em Adorno e bell hooks. Argumentos - Revista De Filosofia, 17(Especial2), 38–48. https://doi.org/10.36517/arf.v17iespecial2.96137

Edição

Seção

Ensino de filosofia e epistemologias feministas: práticas de insurgência intelectual

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