SUBJETIVIDADES, SENTIDOS DE NEGRITUDE E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUILOMBOLAS
DOI:
https://doi.org/10.36517/eemd.v47i94.95792Palabras clave:
Educação Quilombola. Negritude. Subjetividades. Prática Pedagógica. Racismo Institucional.Resumen
Este artigo analisa a construção das subjetividades negras, dos sentidos de negritude e das práticas pedagógicas em uma escola quilombola, com base em um estudo realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Achilles Ranieri, localizada na comunidade quilombola de Matias, no município de Cametá-PA. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, fundamentada nas contribuições teóricas de Minayo (1994), utilizando como técnicas de coleta de dados a observação sistemática e entrevistas semiestruturadas com professores e alunos. A análise foi conduzida segundo a metodologia de análise de conteúdo proposta por Bardin (2011). Os resultados apontam que, embora existam esforços pontuais por parte de alguns docentes para integrar a realidade local ao currículo, ainda persiste uma significativa carência de políticas de formação continuada voltadas especificamente à educação quilombola. Observou-se também a dificuldade dos estudantes em se reconhecerem como sujeitos quilombolas, reflexo de uma trajetória escolar que historicamente negligenciou os saberes, a cultura e a ancestralidade negra. Conclui-se que a construção de uma prática pedagógica quilombola demanda a ressignificação das concepções docentes e do currículo escolar, com foco na valorização da identidade negra, dos saberes tradicionais e da cultura local que são elementos fundamentais para a promoção de uma educação emancipadora e antirracista.
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