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Abstract
Este trabalho trata do feminino como constelação em devir. Em especial, elaboramos alguns aspectos de uma tópica da expressão subjetiva feminina, por meio da leitura e análise do conto A menina de futuro torcido de Mia Couto. Nossa questão central é: de que maneira o conto A menina de futuro torcido evidencia os limiares do devir do feminino e suas constelações conceituais? Para explorarmos essa questão estabelecemos uma metodologia essencialmente bibliográfica, mas, também lançamos mão de elementos e instrumentos como revisão narrativa e abordagem ensaística. Partimos de três noções preliminares, que nos auxiliam na leitura, mas não nos limitamos categorialmente a elas. Com o suporte de autores como Oyewumi (2004), Adorno (2000), Silva (2016, 2017, 2020, 2021), entre outros, delineamos e evidenciamos algumas reflexões sobre o feminino, entendendo-o como um devir constelativo. Pudemos perceber muitas semelhanças com o Brasil e esboçar algum entendimento sobre essa semelhança, ainda que, em espaços geográficos distintos. A hipótese baseada em Oyewumi (2004), Brito e Paula (2013), entre outros autores, é que a colonização estendeu, violentamente, as relações de gênero da metrópole para as colônias, para os espaços roubados/invadidos. Pudemos perceber constelações conceituais entre feminino, pobreza, entretenimento, silenciamento e desespero pela sobrevivência.





