O TESTE DE ENRUGAMENTO CUTÂNEO NO DIAGNÓSTICO DE NEUROPATIA DE FIBRAS FINAS

Abstract

Introdução: É certo que a Medicina se utiliza de exames complementares para o estabelecimento de diagnósticos e a terapêutica. A partir disso, a acessibilidade, além de sensibilidade e reprodutibilidade do teste, torna-se fundamental. Dentro desse contexto, surge o Teste de Enrugamento Cutâneo (TEC), de baixo custo, alta sensibilidade e fácil reprodutibilidade. Utilizando-se da ativação reflexa de fibras simpáticas das pontas dos dedos a certos estímulos, é possível através do TEC fazer o diagnóstico de Neuropatia de Fibras Finas (NFF). Destaca-se que alguns fatores podem influenciar o resultado, como a diabetes. Objetivos: Descrever e ressaltar a importância do TEC, no manejo de pacientes com doenças com manifestações neurológicas. Metodologia: O TEC é realizado através da imersão da mão do paciente, durante 30 minutos, em uma solução de 0,5 mol/L de NaCl, com temperatura a cerca de 40,5 ºC. A avaliação do enrugamento, segue um protocolo de graduação. Assim, pacientes do ambulatório de neurologia de um hospital público foram convidados a realizarem o teste. Após assinatura do TCLE, os dados foram coletados, o TEC feito e depois avaliado, obtendo os seguintes resultados preliminares. Resultados: Até o presente momento, o TEC foi realizado em 183 pacientes, sendo classificados a partir das doenças que são acompanhados. Observou-se que em 44,7% dos pacientes avaliados, houve alterações diante o teste, indicando NFF. Ressalta-se o acometimento periférico em pacientes com Esclerose Múltipla, cerca de 43% dos 85 pacientes, bem como em 35% dos 57 pacientes com Doença inflamatória intestinal e em 77% dos 9 com neuromielite óptica. Conclusão: Diante dos resultados iniciais, o TEC configura-se como um teste prático e eficaz na avaliação inicial e da progressão do acometimento periférico, sendo possível a identificação mesmo antes do aparecimento dos sintomas. Assim, ressalta-se a importância do uso e incorporação desse teste no contexto ambulatorial. Apoio: CNPq e UFC