DORES OROFACIAIS DECORRENTES DA COVID-19

Resumo

A Organização Mundial de Saúde declarou o status de pandemia à doença COVID-19 em março de 2020, sendo evidenciado a partir deste período um aumento significativo de quadros de ansiedade e estresse psicológico na população mundial. Alterações do cotidiano com quarentenas, mudanças no trabalho, perda de emprego, adaptação na educação escolar, isolamento social, e fundamentalmente o medo pelo do risco de vida e as perdas de entes queridos tiveram consequências impactantes para a saúde mental de todos. Algumas manifestações físicas de defesa associadas à ansiedade e estresse culminam no aumento da contração muscular e consequentemente interferem no funcionamento e tolerância das estruturas orofaciais. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre a frequência e tipos de dores orofaciais decorrentes de fatores psicológicos associados à pandemia de COVID-19. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Scielo, Bireme e Scopus utilizando os descritores: COVID-19, Dor Orofacial e Transtornos de Ansiedade, publicados em 2020. Foram utilizados como critérios de inclusão estudos do tipo revisões de literatura, ensaios clínicos e relatos de casos clínicos. A grande ocorrência de sinais e sintomas de dores orofaciais crônicas após a pandemia tem sido alguns dos novos grandes desafios para a odontologia. Manter os cuidados com a saúde mental mostra-se uma medida necessária que requer muita atenção, assim como a administração de fármacos associados e o controle de seus efeitos. Concluiu-se que o sucesso dos tratamentos odontológicos dependem da elaboração de um plano de tratamento complexo e multidisciplinar, visando prioritariamente a qualidade de vida dos pacientes e que o correto diagnóstico e tratamento das dores orofaciais deve estar inserido na rotina dos cirurgiões-dentistas especialmente após situações que desencadeiem distúrbios psicológicos extremos como a pandemia de COVID-19.