PROPOSTA DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DO TIPO DESLOCAMENTO DE DISCO SEM REDUÇÃO: UM RELATO DE CASO CLÍNICO (GEDO-FISIOTERAPIA - FM00.2015.PJ.0264)

Abstract

Introdução: Indivíduos com disfunções temporomandibulares (DTM) podem apresentar ruídos, desvios e limitações durante a abertura da boca e dor nos músculos mastigatórios e/ou na articulação temporomandibular (ATM). Estudos mostram que 39% da população possui DTM e sugerem tratamento interdisciplinar, com evidências de que a Fisioterapia é efetiva nestes casos. Objetivo: Apresentar a intervenção fisioterapêutica realizada em uma paciente com DTM do tipo deslocamento de disco sem redução (DDSR). Metodologia: Relato de caso clínico de uma paciente com DTM/DDSR atendida no Ambulatório de Dor Orofacial da UFC pelos acadêmicos de Odontologia e Fisioterapia do Grupo de Estudos em Dor Orofacial (GEDO). Foi utilizada uma ficha de avaliação padrão, a Escala Numérica de Dor (END) e o paquímetro para mensuração da amplitude de movimento (ADM) da mandíbula. Resultados: Y.O.A., 23 anos, sexo feminino, auxiliar administrativa, solteira e sedentária. Diagnóstico de DTM/DDSR com limitação de abertura, estalido bilateral na abertura não eliminado com protrusão, desvio em C para a direita, redução da ADM e dor na ATM durante abertura da boca, limitando atividades como comer, falar, bocejar, escovar os dentes e fazer procedimentos odontológicos. Foram realizados quatro atendimentos fisioterapêuticos (1x/semana) com as seguintes condutas: liberação miofascial dos músculos mastigatórios e cervicais; mobilizações articulares da ATM, exercícios mandibulares para recaptura de disco e exercícios de fortalecimento da musculatura mastigatória, além de orientações de autogerenciamento. Na reavaliação, paciente relatou diminuição dos episódios de dor de 5 para 1x/semana, END de 5 para 3 e ADM livre de dor de 17mm para 23mm. Conclusão: O tratamento fisioterapêutico mostrou-se eficaz a curto e médio prazo na redução dos sinais e sintomas de DTM/DDSR, através de intervenções com terapia manual, exercícios mandibulares e educação ao paciente, promovendo o retorno às atividades funcionais.