RELEVÂNCIA DA SÍNDROME DA FRAGILIDADE PÓS TRANSPLANTE RENAL

Abstract

Introdução: A síndrome de fragilidade é caracterizada pela perda das reservas fisiológicas que levam o indivíduo a uma situação de vulnerabilidade, caracterizada por perda de peso, exaustão e inatividade física. Apesar de descrita originalmente em idosos, a síndrome de fragilidade tem elevada prevalência entre portadores de doença renal crônica de todas as idades. Evidencias recentes de populações norte-americanas apontam para elevada prevalência desta condição entre candidatos ao transplante renal e impacto negativo nos desfechos após o transplante. Não há evidencias sobre o impacto deste fenótipo nos desfechos do transplante em nossa população. Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar o impacto do fenótipo de fragilidade nos desfechos do transplante renal em 1 ano. Metodologia: estudo de coorte prospectiva incluindo receptores de transplante renal adultos transplantados entre julho de 2019 e julho 2020 (incluídos 65 pacientes até o momento) em dois centros de Fortaleza, Ceará: Hospital Geral de Fortaleza e Hospital Universitário Walter Cantídio. Serão avaliados os seguintes desfechos ao longo do período de 1 ano: incidência de função tardia do enxerto; complicações cirúrgicas; tempo de internação hospitalar após o transplante; reinternação em 1 mês, reinternações dentro do primeiro ano, rejeição aguda, infecção por citomegalovirus, eventos por BK vírus, intolerância aos imunossupressores, perda e óbito. Resultados: em virtude da pandemia COVID-19, as consultas dos pacientes foram modificadas para modalidade online, dificultando a coleta dos dados. O estudo passará por reajuste metodológico para coleta retrospectiva dos dados de 1 ano e coleta prospectiva dos dados de seguimento de 2 anos.