FOUCAULT, CINEMA E SUBJETIVAÇÃO: REFLEXÕES PARA UMA ANÁLISE DE DISCURSO DO CINEMA DOCUMENTÁRIO E OS MODOS DE SUBJETIVAÇÃO POLÍTICA.

Autores/as

  • Michel Renan Rodrigues de Andrade
  • Daniela Duarte Dumaresq
  • Luciana Lobo Miranda

Resumen

Este artigo tem por objetivo realizar uma reflexão sobre o uso das ferramentas foucaultiana para construir um método de análise de discurso do cinema documentário com especial atenção aos processos de subjetivação política. A partir das reflexões de Baltar (2004), Ferreira (2019) e Sousa (2009), que pensam o lugar do documentário e o uso do discurso do saber sob perspectiva política para constituir um efeito de autoridade, buscamos problematizar a linguagem do cinema documentário articulando o pensamento de Nichols (2016) e as ferramentas foucaultiana usadas na arqueogenealogia para analisar os efeitos do discurso político do documentário na constituição do sujeito em sua atualidade. Para tal, e sob a noção de Foucault (2013) de que a analisar as práticas discursivas é uma ferramenta que problematiza a formação do sujeito moderno, estabelecemos uma discussão acerca da questão da representação do real, do dizer a verdade, da vontade de verdade e das práticas discursivas que possibilitam uma linguagem do documentário e sua relação com os acontecimentos das atualidades politicas que constituem o mundo. Nesta perspectiva, buscamos analisar a linguagem do cinema documentário como uma prática discursiva que busca autoridade para efetivar a si como uma tecnologia estratégica capaz de atravessar e ser atravessada pelas relações de poder na nossa sociedade. Entendemos que essa reflexão contribui para a construção de um método que coopera com análises que interessam à psicologia política, aproximando o campo a uma prática discursiva que constitui tecnologias e estratégias relevantes as análises das relações de poder.

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Publicado

2021-01-01

Número

Sección

XIII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação