RISCOS CARDIOVASCULARES EM ADULTOS COM ESQUIZOFRENIA EM TRATAMENTO

Abstract

INTRODUÇÃO: As doenças cardíacas isquêmicas e os acidentes vasculares cerebrais são as duas causas de morte mais frequentes no Brasil e no mundo. Torna-se válido destacar os portadores de esquizofrenia, visto que o uso de medicações psicotrópicas aumenta a massa corporal, causam efeitos colaterais ou desequilibram a alimentação, sono, práticas de exercícios físicos, o que aumentaria o risco cardiovascular. O presente estudo justifica-se pelo alarmante panorama de morbimortalidade de doenças cardiovasculares nos indivíduos com esquizofrenia. OBJETIVOS: Avaliar os fatores de risco cardiovascular presentes em adultos que realizam tratamento para esquizofrenia. METODOLOGIA: Revisão de escopo baseado no protocolo de revisão de escopo do Joanna Briggs Institute (JBI). Totalizou-se 11 artigos em português, inglês e espanhol, entre 2010 e 2020, das bases de dados LILACS, PubMed e CINAHL. Foi realizada, por meio dos critérios de Stillwell (2011), interpretação crítica, completa e imparcial das evidências científicas. RESULTADOS: O risco cardiovascular é maior em mulheres e em pacientes que fazem uso de antipsicóticos atípicos, com enfoque na clozapina. Os fatores de risco são síndrome metabólica e seus componentes: sobrepeso/obesidade, circunferência abdominal alterada, dislipidemia, alteração nos níveis glicêmicos e pressóricos. Relatou-se alteração eletrocardiográfica. CONCLUSÃO: A maior parte dos fatores de risco cardiovascular nessa população está associada à síndrome metabólica e ao uso de antipsicóticos atípicos. Isto mostra que o tipo de assistência prestada a este público deve ser ampliada e especializada, necessitando de uma equipe multiprofissional e de um plano terapêutico individualizado. AGRADECIMENTO: À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) pelo auxílio no desenvolvimento deste estudo por meio da concessão de bolsa de Iniciação Científica.