RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA E AUTOCUIDADO: PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Autores

  • LuÍs Eduardo Matoso Vieira
  • Maria Eduarda Cordeiro Parente
  • Sarah Araújo Lima
  • André Marinho Paiva Nogueira
  • Gabriela Cacau Sousa Santos
  • Kelen Gomes Ribeiro

Resumo

Uma boa compreensão das próprias necessidades e da importância do autocuidado é uma forma de potencializar o auxílio ao próximo. Apesar disso, muitos estudantes de medicina são negligentes com a saúde, tendo em vista a alta carga horária e o excesso de tarefas, que são priorizadas em detrimento do sono, da boa alimentação e da prática de exercícios. Os problemas emocionais são guardados para si por receio de serem considerados fragilidades, o que é visto como entrave para o “ser médico”. A importância de se pesquisar acerca da qualidade de vida e do autocuidado do estudante de Medicina reside no fato de que ambos os fatores podem impactar no desempenho acadêmico e no desenvolvimento pessoal dos alunos. Teve-se como objetivo conhecer a percepção dos estudantes acerca da influência do autocuidado na manutenção da qualidade de vida. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como instrumento de coleta de dados roteiro de entrevista semiestruturada, com perguntas baseadas no instrumento WHOQOL-bref, aplicado a acadêmicos do ciclo básico da FAMED-UFC. Realizou-se Análise de Conteúdo, com a técnica de análise temática (BARDIN, 2014). A partir da análise, foram elaboradas nove categorias temáticas: uso de substâncias (cafeína, drogas ilícitas e álcool); qualidade de sono; saúde mental; atividade física; momentos com os que moram na mesma casa; relações sociais dentro e fora da faculdade; crença e espiritualidade; alimentação; percepção sobre autocuidado. É notável a noção dos estudantes de que existe uma utilidade inerente aos hábitos de autocuidado, como os benefícios da atividade física, de uma boa qualidade do sono, da alimentação saudável e do cultivo de relações fora da academia. Contudo, esses hábitos ainda não estão presentes na vida cotidiana de parte dos estudantes, o que pode explicar os problemas relacionados à saúde mental e à qualidade de vida dos acadêmicos de medicina.

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Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica