CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DE CRIANÇAS EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Resumo

A descrição de sinais e sintomas comumente presente na evolução clínica de doenças tem-se tornado comum no âmbito hospitalar. Desse modo, a caracterização clínica de crianças com cardiopatia congênita torna-se uma importante ferramenta que atua no refinamento diagnóstico e processo de raciocínio clínico. O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil clínico de crianças em pós-operatório de cirurgia cardíaca. Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido com crianças em pós-operatório mediato de cirurgia cardíaca internadas em uma unidade de terapia intensiva de um hospital referência em cardiologia pediátrica. A coleta de dados ocorreu de novembro de 2020 a julho de 2021. Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelo representante legal, a coleta de informações iniciou por meio de uma entrevista realizada com o responsável pela criança e consulta ao prontuário. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da referida instituição. Realizou-se uma avaliação de 44 crianças. A maioria era do sexo masculino (52,27%), com média de 4,1 anos de idade. Os diagnósticos cardíacos de base mais prevalentes foram Comunicação interventricular (22,72%) e Tetralogia de Fallot (20,45%). Os antecedentes familiares mais presentes foram cardíacos (27,27%), bem como as cirurgias corretivas (64,28%) foram as mais comuns. As complicações pediátricas foram majoritariamente cardíacas (52,27%) e de circulação extracorpórea (47,41%). Torna-se claro, portanto, que a descrição de características clínicas é essencial, pois auxiliam no raciocínio clínico e tomada de decisão dos profissionais de saúde. Agradecimento ao órgão financiador CNPq.