MULTIPLICIDADE DE VOZES: QUATRO PROPOSTAS DE LEITURA DE “CASA TOMADA”, DE CORTÁZAR
DOI:
https://doi.org/10.36517/2525-3468.rdl.v1i43.2024.94348Palavras-chave:
gótico, análise estrutural da narrativa, dimensão estético-política, teoria da recepçãoResumo
Este artigo tem como objetivo analisar o conto "Casa Tomada" (1946), de Julio Cortázar, à luz das teorias literárias do gótico, com base em Fred Botting, do estruturalismo barthesiano, da estética política de Rancière e dos estudos de recepção de Jauss. Com base na análise de Botting (2005), argumenta-se que a presença de elementos como a transgressão de valores e das instituições tradicionais sugere que Cortázar intencionalmente empregou a estética gótica como recurso literário, de forma que “Casa Tomada” pode ser considerado um conto gótico. Em seguida, as perspectivas de Barthes (2011) e Rancière (2005) são contrapostas, abordando, respectivamente, a análise estrutural da narrativa e a expressão dos conflitos sociopolíticos na Argentina no período de sua publicação. Por fim, a teoria de Jauss (1994) é utilizada para examinar o horizonte de expectativas do leitor e sua importância na recepção e interpretação de uma obra. Dessa forma, olhar para a recepção do conto em questão significa não negligenciar seu contexto de produção.
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