Vol. 6 Núm. 2
Após três meses de paralisação, por conta da Greve das Universidades Federais, a Revista Ameríndia retoma suas atividades com o lançamento do seu 11o Volume. A opção de paralisar nossas atividades durante o período de greve foi tomada pelo corpo editorial ao entender que, por ser a paralisação legítima, nós estudantes, deveríamos apoiar nossos professores em defesa de suas (nossas) reivindicações: Por uma educação pública gratuita e de qualidade!
Nessa edição, contamos com cinco artigos e uma resenha, onde os autores procuraram, através de seus objetos de estudos, desvelarem a pluralidade de nossa América! O primeiro e o terceiro textos: “Torém: Identidade étnica na luta política que perpassa o âmbito da educação escolar diferenciada indígena Tremembé” de Renata Lopes e João Figueiredo e “O discurso raciológico no Brasil presente em O cortiço, de Aluísio Azevedo” de Rayanne Monteiro estarão relacionados através das questões concernentes à construção de identidades raciais. O primeiro foca-se na identidade indígena, analisando o ritual do Torém e sua importância dentro da dinâmica cultural dos Tremembés. No segundo, através da análise do Livro O cortiço, a autora pretende entender como os negros eram retratados na literatura, baseando-se nos discursos científicos trabalhados na obra.
Em “O poder da exclusão e do controle na modernidade: confluências entre Norbert Elias e Michel Foucault”, Vanessa Rocha nos apresenta um diálogo teórico sobre os pensamentos de Elias e Foucault sobre as relações de poder vigentes na construção das sociedades.
Com o título: “Expressões do ideário republicano nacional no cotidiano escolar: o acervo fotográfico do Colégio Militar do Ceará (1919-1938)”, Yana Azevedo, discutirá conceitos, como por exemplo, nacionalismo e militarismo, no cotidiano do Colégio Militar do Ceará, conceitos que fundamentavamas atividades físicas buscando o controle dos corpos e os tornando aptos para o desempenho das atividades do cidadão cívico.
“La tierra es un solo país y la humanidad sus ciudadanos”, Pedro Arturo nos convoca a pensar sobre a nova orden mundial e desafios que se apresentam durante as últimas décadas do século XX, deixando de lado a visão de mundo eurocentrista perpetrada durante o século XIX.
Por fim, temos a resenha do livro “Primeiro como tragédia, depois como farsa”, de Slavoj Zizek, traduzido por Maria Beatriz Mendonça, em 2011. Na resenha, escrita por Ryanne Monteiro, discute-se as críticas que o autor tece sobre o “o tempo do capital, que seria o do eterno presente, que se contrapõe ao tempo histórico marxista que é o das transformações, do movimento”. Outra questão importante nesse texto é a naturalização do pensamento capitalista pela sociedade.
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