A revolução copernicana no conceito de consciência moral

Autores/as

  • Thomas Sören Hoffmann

Palabras clave:

Kant. Consciência moral. Ética. Teoria da decisão.

Resumen

A consciência moral, ou, mais precisamente, a pretensão da consciência moral não apenas de se fazer ouvir, senão que também, e sobretudo, de ser reconhecida enquanto a mais elevada instância de certeza prática é algo que constitui, sem dúvida, conforme uma compreensão amplamente divulgada, uma das marcas decisivas da modernidade, a qual, porém, só pode ser ultrapassada às custas da traição às conquistas centrais feitas por essa mesma modernidade. Parece que Kant é o autor predestinado a dar-nos alguma iluminação sobre a consciência moral. Ele tanto tem razões pela enorme estima da consciência moral como também razões para se mostrar cético diante desta última, integrando ambos os aspectos em seu pensamento. Justamente por isso, ele pode apresentar-nos um conceito de consciência moral capaz, por um lado, de situar a existência prática autoconsciente do ser humano na consciência moral; por outro, não pode, por princípio, cair nos relativismos correntes relativos à consciência moral. Iremos, num primeiro passo, investigar o desenvolvimento do pensamento kantiano sobre a consciência moral. Trataremos, depois, de compreender, passo a passo, em que medida a nova fundamentação da prática racional empreendida por Kant, justamente no que se refere à nova função que a consciência moral aqui adquire, não é menos “revolucionária” do que foi a nova fundamentação kantiana da possibilidade do conhecimento objetivo. Por fim, discutiremos, ao menos de modo sucinto, o que pode significar, conforme Kant, o recurso à consciência moral na justificação de uma decisão.

Publicado

2015-07-01

Número

Sección

Artigos