Morte da arte, renascer da vida
DOI:
https://doi.org/10.36517/Argumentos.22.9Palavras-chave:
Idealidade. Morte da arte. Belo natural. Sentidos. Novo prazer.Resumo
A arte esteve sempre ancorada na tarefa de criar idealidades. A estética tradicional expressou essa exigência fundamental, tendo Hegel como seu momento mais elevado. A arte contemporânea desenvolveu todo um esforço para desconstruir esse velho edifício, propondo um retorno ao cotidiano. Porém, tal esforço ainda se manteve refém dos princípios puramente espirituais da própria arte. Nossa hipótese é de que isso leva a arte à auto destruição, de tal forma que se faz necessário voltar, de forma engajada, ao mundo efetivo (natural e social), fazendo uso de todos nossos sentidos, evitando os antigos preceitos do desinteresse, da contemplação e das teologias hierarquizantes. A arte deve morrer para dar lugar à vida, a um novo tipo de prazer que não brota mais da “beleza”, mas dos próprios objetos.
Referências
BERLEANT, A. The aesthetics of environment. Philadelphia: Temple University Press, 1992.
BUDD, M. The aesthetic Appreciation of Nature, in: British Journal of Aesthetics, Oxford, v.36, 1996, p.207-222.
CARLSON, A. Aesthetics and the Environment: The appreciation of nature, art and architecture. London and New York: Routledge, 2000.
DANTO, A. C. Crítica de arte após o fim da arte. In: Viso: Cadernos de estética aplicada. Revista eletrônica de estética. Trad.: Miguel Gally, Clarissa Barbosa e Leandro Aguiar, Rio de Janeiro, v. VII, n.14, 2013, p.1-17, Jul-dez/2013.
HEGEL, F. Enzyklopädie der philosophischen Wissenschaften im Grundrisse. Hamburg: Felix Meiner Verlag, 1991.
HEGEL, F. Vorlesungen über die Ästhetik I, in: Werke (in 20 Bänden), 5ª Auflage, Band 13, Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1997.
HEPBURN, R. Contemporary aesthetics and the neglect of natural beauty. In: British Analytical Philosophy. London, 1966, p. 285-310.
KANT, I. Kritik der Urteilskraft, in: Kants Werke. Akademie Textausgabe. Band V, Berlin: Walter de Gruyter & C0.,1968.
SAITO, Y. Everyday aesthetics. In: Philosophy and Literature, Baltimore/Maryland (EUA), v.25, n.1, 2001, p.87-95, April 2001.
SERRÃO, A.V. Paisagem: natureza perdida, natureza reencontrada? In: Revista de Filosofia moderna e Contemporânea, Brasília, v.1, n.2, 2013, p.7-27, ano 1.
VARANDAS, M.J. A imaginação metafísica na experiência estética da natureza – Ronald Hepburn. In: Ágora Filosófica, Pernambuco, v.1, n.2, 2014, p. 96-115.
_______________ Estética natural e ética ambiental, que relação? In: Philosóphica, Lisboa: v. 39, 2012, p.131-139.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos (SOBRE COPYRIGHT E POLÍTICA DE ACESSO LIVRE):
1. Autores mantém OS DIREITOS AUTORAIS concedidos à revista OU Direito de Primeira Publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado à Atribuição de Licença Creative Commons (CC BY) que permite o compartilhamento dos trabalhos com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm permissão para aceitar contratos, distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo: publicar no repositório institucional ou como um capítulo do livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (por exemplo: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) mesmo durante o processo editorial, haja visto que isso pode aumentar o impacto e citação do trabalho publicado.