PERCEPÇÃO DE PESCADORES E PEIXEIROS SOBRE A OCORRÊNCIA DE PARASITOS EM PEIXES MARINHOS EM PIÚMA, ESPÍRITO SANTO, BRASIL

Autores

  • Rosali Barboza Cavaline Engenheira de Pesca pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), mestranda em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
  • Paula Zambe Azevedo Engenheira de Pesca pelo Ifes, mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) https://orcid.org/0000-0002-3761-1943
  • Gabriel Domingos Carvalho Doutor em Medicina Veterinária, professor do Ifes, coordenador do curso de Pós-Graduação em Controle de Qualidade e Segurança de Alimentos do Ifes.

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v55i2.62635

Resumo

Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento com profissionais que lidam diretamente com pescado (pescadores e peixeiros) sobre a percepção deles em relação à ocorrência de parasitos nos peixes marinhos comercializados em Piúma, ES. Foram entrevistados 49 participantes (30 pescadores e 19 peixeiros), dos quais 75% disseram já ter visto algum tipo
de parasito em peixes, sendo que 21% relataram ter observado endoparasitos, 33% ectoparasitos e 46% ambos os tipos. Os sítios de parasitismo mais relatados foram: brânquias, cavidade celomática, pele, intestinos, musculatura, olhos e cabeça. Os principais peixes citados como hospedeiros de parasitos foram: corvina (Micropogonias sp.), cação caçonete (Rhizoprionodon
porosus), peroá-branca/peixe-porco (Balistes capriscus), xaréu (Caranx lugubris) e dourado (Coryphaena hippurus). Os parasitos mais frequentemente observados foram ectoparasitos, que
são mais fáceis de serem percebidos, em função do seu tamanho e localização do hospedeiro. Os ectoparasitos mais observados pelos entrevistados foram os crustáceos pertencentes aos
gêneros Eurydice, Nerocila e Rocinela. Os entrevistados detinham algum conhecimento empírico que os possibilitou reconhecer que o parasitismo é algo comum e frequente no pescado.
Porém, com relação às zoonoses que podem ser causadas por parasitos, eles desconheciam o assunto, o que é preocupante do ponto de vista da saúde pública.

Palavras-chave: Eurydice, Nerocila, Rocinela, peixarias, pescado.

Biografia do Autor

Rosali Barboza Cavaline, Engenheira de Pesca pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), mestranda em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

Mestranda em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste Campus Toledo. Possui graduação em Engenharia de Pesca pelo Instituto Federal do Espirito Santo (2019). Formada em Técnico em Meio Ambiente pela Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo (SEDU). Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, análise do conteúdo estomacal da ictiofauna estuarina, coleta de parasitos da ictiofauna marinha, desenvolvimento de produtos à partir do pescado, boas práticas na manipulação do pescado.

Paula Zambe Azevedo, Engenheira de Pesca pelo Ifes, mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes)

Mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes Campus Alegre. Possui Técnico em Agroindústria pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - Campus de Alegre (2012). Bacharela em Engenharia de Pesca pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - Campus Piúma (2019). Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, Desenvolvimento de produtos à partir do pescado e organização de eventos local e nacional da área. 

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Publicado

2022-12-30

Edição

Seção

Artigos originais