PERCEPÇÃO DE PESCADORES E PEIXEIROS SOBRE A OCORRÊNCIA DE PARASITOS EM PEIXES MARINHOS EM PIÚMA, ESPÍRITO SANTO, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.32360/acmar.v55i2.62635Resumen
Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento com profissionais que lidam diretamente com pescado (pescadores e peixeiros) sobre a percepção deles em relação à ocorrência de parasitos nos peixes marinhos comercializados em Piúma, ES. Foram entrevistados 49 participantes (30 pescadores e 19 peixeiros), dos quais 75% disseram já ter visto algum tipo
de parasito em peixes, sendo que 21% relataram ter observado endoparasitos, 33% ectoparasitos e 46% ambos os tipos. Os sítios de parasitismo mais relatados foram: brânquias, cavidade celomática, pele, intestinos, musculatura, olhos e cabeça. Os principais peixes citados como hospedeiros de parasitos foram: corvina (Micropogonias sp.), cação caçonete (Rhizoprionodon
porosus), peroá-branca/peixe-porco (Balistes capriscus), xaréu (Caranx lugubris) e dourado (Coryphaena hippurus). Os parasitos mais frequentemente observados foram ectoparasitos, que
são mais fáceis de serem percebidos, em função do seu tamanho e localização do hospedeiro. Os ectoparasitos mais observados pelos entrevistados foram os crustáceos pertencentes aos
gêneros Eurydice, Nerocila e Rocinela. Os entrevistados detinham algum conhecimento empírico que os possibilitou reconhecer que o parasitismo é algo comum e frequente no pescado.
Porém, com relação às zoonoses que podem ser causadas por parasitos, eles desconheciam o assunto, o que é preocupante do ponto de vista da saúde pública.
Palavras-chave: Eurydice, Nerocila, Rocinela, peixarias, pescado.
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