TUBARÕES E RAIAS COMO CAPTURA INCIDENTAL NA PESCA ARTESANAL DO LITORAL DO PARANÁ: CONDIÇÃO REPRODUTIVA E VARIAÇÕES SAZONAIS EM COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA

Autores/as

  • Paulo de Tarso da Cunha Chaves Universidade Federal do Paraná
  • Maurício Pinto de Almeida
  • Matheus Platner

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v52i2.39966

Resumen

Monitoraram-se os desembarques de elasmobrânquios no litoral do Paraná nos anos 2009 e 2010. Descrevem-se atributos de frota e petrechos empregados. As espécies foram caracterizadas quanto ao tamanho dos indivíduos e à condição reprodutiva. Acessaram-se 4.941 indivíduos, 51% tubarões e 49% raias. Foram desembarcados inteiros 82% dos indivíduos, 3,68 t de tubarões e 2,35 t de raias. Identificaram-se 14 espécies de tubarões, peso médio de 1,46 kg (0,067-16,0 kg; DP = 3,83), predominando em número Rhizoprionodon lalandii e Sphyrna zygaena. Os tubarões foram mais capturados na primavera/verão, com maior frequência de neonatos ou imaturos. Registraram-se 12 espécies de raias, peso médio de 0,971 kg (0,394-10,0 kg; DP = 2,80), predominando em número Zapteryx brevirostris e Pseudobatos percellens. As raias foram mais capturadas no outono, em pescarias dirigidas a camarões e pequenos teleósteos, com maior frequência de imaturas ou maduras. Onze das 26 espécies são classificadas como vulneráveis, em perigo ou criticamente ameaçadas. Para fins de conservação, recomendam-se ações educativas pró-descarte de: animais vivos – neonatos em geral, Narcine brasiliensis no arrasto camaroeiro, e jovens e adultos de espécies com captura proibida; e priorização à proteção de Carcharias taurus, P. percellens acompanhante da pesca de linguado, e jovens de Squatina sp., cujos adultos são alvo em redes de emalhe.

Palavras-chave: reprodução, neonatos, arrasto, captura incidental, Rhizoprionodon lalandii, Sphyrna zygaena, Zapteryx brevirostris.

Biografía del autor/a

Paulo de Tarso da Cunha Chaves, Universidade Federal do Paraná

Oceanólogo, doutorado em Oceanografia Biológica, docente da Universidade Federal do Paraná.

Maurício Pinto de Almeida

Doutor em Zoologia pela UFPA.

Matheus Platner

Estudante de Biologia da UFPR.

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Publicado

2020-03-11