UTILIZAÇÃO DE TANINO VEGETAL COMO VIABILIDADE TECNOLÓGICA PARA O CURTIMENTO DE PELES DE PEIXE

Autores/as

  • Leonildes Ribeiro Nunes Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), bolsista Capes.
  • Elaine Cristina Batista dos Santos Docente do Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Engenharia de Pesca, curso de Engenharia de Pesca da UEMA.
  • Francisca Neide Costa Docente permanente dos programas de Pós-Graduação em Ciência Animal (modalidade acadêmica) e Defesa Sanitária Animal. https://orcid.org/0000-0002-8941-241X
  • Liliane Ribeiro Nunes Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia/Agronomia, Universidade Federal do Ceará (UFC), bolsista Capes. https://orcid.org/0000-0003-2346-5081

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v55i2.70674

Resumen

O objetivo deste estudo foi testar a viabilidade de agentes curtentes vegetais em peles de pescado de água doce para elaboração de couro de peixe em três municípios da Baixada Maranhense. Foram realizados treinamentos e oficinas sobre Boas Práticas de Manipulação (BPM) de pescado e aproveitamento de resíduos com a produção de couro de peixe. Foram
utilizadas peles de tambatinga e tambacu, submetidas ao processo de curtimento utilizando como fonte de tanino vegetal a romã (Punica granatum L.) e aroeira (Schinus terebinthifolius). A análise de coloração do couro foi realizada através da leitura dos padrões de cromas RGB (Red, Green, Blue) por registro fotográfico com imagens de alta nitidez e avaliada pelo Software de edição de cores Paint. A análise da variação de coloração do couro de peixe curtumizado obteve um nível de significância de p < 0,05. O treinamento sobre BPM e as oficinas para a produção do couro de peixe despertaram grande interesse nas comunidades, e a utilização de romã e aroeira como agentes curtentes foi considerada eficiente ao converter a pele em couro, transformando-a em um produto estável e imputrescível, e o desenho exótico formado pelas lamélulas foi mantido. Os couros obtidos apresentaram coloração diferenciada entre o vermelho e o verde, podendo ser utilizados em peças artesanais. O curtimento tem grande importância ambiental, social e internacional, diminuindo a geração de resíduos, obtendo um produto de baixo custo e podendo ser comercializado e agregado valor à renda familiar.

Palavras-chave: aroeira, romã, tambaqui, tambacu, curtume

Biografía del autor/a

Elaine Cristina Batista dos Santos, Docente do Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Engenharia de Pesca, curso de Engenharia de Pesca da UEMA.

Graduação em Engenharia de Pesca (2006) e Mestrado em Recursos Pesqueiros e Aquicultura (2009) ambos pela Universidade Federal Rural de Pernambuco e Doutorado em Aquicultura pela Universidade Estadual Paulista – CAUNESP(2013). Professora Adjunto III do Curso de Engenharia de Pesca da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, com atuações nas áreas Bioquímica do Pescado, Inspeção, Beneficiamento e Industrialização do Pescado. Consultora Ad hoc da FAPEMA. Revisora da Revista Brasileira de Engenharia de Pesca-REPESCA e do Boletim do Instituto de Pesca, Coordenadora do Grupo de Estudos em Tecnologia do Pesca-GETEP e do Laboratório de Tecnologia do Pescado - LABTEP. Tesoureira da Associação Brasileira de Engenharia de Pesca - ABEP e Diretora do Curso de Engenharia de Pesca da Universidade Estadual do Maranhão.

Francisca Neide Costa, Docente permanente dos programas de Pós-Graduação em Ciência Animal (modalidade acadêmica) e Defesa Sanitária Animal.

Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Maranhão, mestrado e doutorado em Medicina Veterinária Preventiva pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Campus de Jaboticabal, e pós-doutorado em Ciência Animal pela UFMG. Docente Adjunto IV do Centro de Ciências Agrárias/Departamento de Patologia/Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, docente permanente dos programas de pós-graduação em Ciência Animal (modalidade acadêmica) e Defesa Sanitária Animal (modalidade profissional), atuando nas linhas de pesquisas " Microbiologia e controle de qualidade dos alimentos de origem animal" e Medicina Veterinária Preventiva. Foi Coordenadora da Pós-graduação da Universidade Estadual do Maranhão _UEMA. Exerceu o cargo de Coordenadora do Programa de Doutorado Interinstitucional em Medicina Veterinária-DINTER, aprovado pela CAPES; foi Diretora do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UEMA, Campus São Luís e Coordenadora do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária; Foi Diretora do Centro de Ciências Agrárias -CCA, no período de 2011 a 2018. Foi Presidente da Sociedade de Medicina Veterinária do Estado do Maranhão - SOMEVEMA. È membro fundadora da Academia Maranhense de Ciências, ocupante da cadeira nº 09. Atualmente é presidente reeleita do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Maranhão - CRMV-MA e Coordenadora dos Programas de Pós-graduação na modalidade Profissional, da área da Medicina Veterinária, junto a CAPES/Brasília/DF.

Publicado

2022-12-30