HANNAH ARENDT E A DESOBEDIÊNCIA CIVIL
DOI:
https://doi.org/10.30611/2021n23id71866Palavras-chave:
Hannah Arendt, Desobediência civil, Consciência moral, ConsentimentoResumo
Frequentemente, Hannah Arendt trata com destreza e profundidade o “fato político” em suas reflexões. Publicada em 1972, a sua obra Crises da República, oferece quatro interessantes ensaios sobre questões políticas intrinsecamente ligadas à conjuntura política contemporânea e se compromete em instaurar análises de temas de forte apelo à atualidade. Entre eles, um, especificamente, busca analisar e discutir o problema da “desobediência civil”. Considerando esse problema, o presente artigo tem como objetivo principal analisar e discutir o problema da “desobediência civil” na teoria política de Hannah Arendt tendo como arrimo teórico a obra Crises da República. Sendo assim, esse estudo se concentrará basicamente em três momentos: no primeiro, será examinado se as figuras de Sócrates e H.D. Thoreau podem ser consideradas expoentes da “desobediência civil”; no segundo, perscrutaremos as distinções entre dois tipos de desobediência: a civil e a criminosa, e, no terceiro, investigaremos as possíveis relações entre a “desobediência civil” e a noção de “consentimento”. Assim, almejamos promover uma investigação acerca do fenômeno da desobediência civil e provavelmente estabelecer uma pertinente reflexão.
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