O ENSINO DA FILOSOFIA NO BRASIL: DESCONTINUIDADE E AMEAÇAS
DOI:
https://doi.org/10.30611/2020n19id61447Keywords:
Ensino de Filosofia, Ensino Médio, Legislação Educacional, EducaçãoAbstract
O presente artigo é resultado das nossas pesquisas durante o mestrado em educação realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – PPGed. Busca através de uma cuidadosa análise histórica das legislações que influenciaram a presença ou ausência da disciplina de Filosofia no Ensino Médio no Brasil, os motivos determinantes que implicaram num regime de descontinuidade imposto aos conteúdos filosóficos e seu ensino dentro dos currículos nas reformas educacionais na história da educação. Após uma legislação educacional, que fez vigorar um destaque à Filosofia ratificada pela LDB - Lei de Diretrizes e Bases e PCN’s - Parâmetros Curriculares Nacionais, reconhecendo a Filosofia como componente importante no processo educativo em vista da formação do cidadão, chegando a receber o status de obrigatoriedade. Com a última reforma educacional, sofre um “golpe” com a perda da obrigatoriedade como disciplina, no currículo do Ensino Médio. A história do ensino da Filosofia no Brasil nos relata uma intermitência inconteste, uma subordinação aos princípios ordenadores de cada tempo e cuidadosa seleção ao público a que se destinava. Buscando investigar nessa mesma perspectiva as bases explicativas frente ao momento controverso para a Filosofia no Ensino Médio brasileiro analisaremos a história desta disciplina e suas legislações, para exata consciência das oscilações e truncamentos políticos que foi submetida, de acordo com os cenários e interesses políticos a cada tempo.
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