A universalidade da educação em Hegel
DOI:
https://doi.org/10.30611/2012n1id5150Resumen
Pode a educacao nao ter o alcance da universalidade? A universalidade é o aniquilamento do indivíduo? Pode o indivíduo ter sua indentidade enquanto tal preservada no Estado? Essas questoes sao respondidas com a atencao retomada e dirigda à educacao. Para Hegel a educacao universaliza o indivíduo na medida em que o introduz na vida do Estado no qual a subjetividade e a individualidade sao de fato conhecidas, preservadas e promovidas. Nos Princípios da Filosofia do Direito Hegel se ocupa com a realizacao da liberdade na instituicao do Estado e identifica o mesmo com a realizacao da liberdade. O objetivo aqui é refletir à luz da compreensao hegeliana de Estado sobre a educacao, seu significado, sua significacao para a vida do Estado e suas possíveis repercussoes sobre as figuras do sujeito e do indivíduo também na atualidade. Para Hegel a educacao sustenta o Estado enquanto tal, pois é o processo de conscientizacao do mesmo ao longo de sua formacao enquanto organismo vivo. Um Estado sabedor de si é um Estado que é sabido pelos seus membros. Estes nao chegam à consciência do Estado ou de si mesmos sem a relacao que os congrega enquanto universalidade substancial. A educacao é a mediacao pela qual o indivíduo é trazido à vida do Estado. Ao trazer o indivíduo à vida no Estado a educacao revela o indivíduo para si mesmo e revela também sua verdadeira natureza, ou seja, ser em relacao com outros que nao sao senao ele mesmo. O conhecimento de si na educacao se dá também pela formalizacao da mesma nos conteúdos específicos desenvolvidos e acumulados ao longo da história. Aqui entra a figura do educador formal pelo qual o Estado objetiva seu processo de formacao. Desse modo confirma Hegel que ninguém aprende sozinho e que o universal é precisamente essa relacao.
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