AS DUAS FACES DO TRABALHO

CONSTITUIÇÃO E NEGAÇÃO DO HOMEM

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.24882/eemd.v43i85.72464

Palabras clave:

Ontologia do ser social, Dupla face do trabalho, Afirmação e negação do homem

Resumen

A partir de uma visão marxiana, este artigo objetiva apresentar a dupla face do trabalho no capitalismo nas suas funções sociais de criador de valor de uso e
criador de valor de troca. Como referência teórica, parte das concepções de Marx na sua obra O capital e toma o pensamento de Lukács na sua obra Ontologia do ser social. Com base central nas teses desses filósofos, o texto enuncia os dois lados do trabalho: a sua dimensão constitutiva do homem, que diz respeito ao trabalho em geral, e a sua dimensão negativa relacionada ao trabalho alienado, estranhado, que se manifesta no modo de produção capitalista sob a forma de fetichismo da mercadoria. Importante frisar que essas são as duas faces de um mesmo trabalho no capitalismo, cuja dimensão negativa, predominante, precisa ser superada.

Biografía del autor/a

Fátima Maria Nobre Lopes, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutora em Educação, mestra e graduada em Filosofia e em Serviço Social. Professora de Filosofia do Departamento de Fundamentos da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (FACED-UFC). Membra efetiva do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFC (PPGE/UFC) e do Mestrado Profissional em Filosofia (Pro-Filo/UFC). Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Ontologia do Ser Social, Ética e Formação Humana (GEPOS) e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Ensino de Filosofia (GEPEF), ambos criados em 2009 e certificados pelo CNPq.

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Publicado

2021-11-17

Número

Sección

Artigos