ECOS AUTOBIOGRÁFICOS E ENTRE-LUGAR NARRATIVO EM THE AUTOBIOGRAPHY OF AN EX-COLORED MAN DE JAMES WELDON JOHNSON
Resumo
Diante do atual interesse pelas escritas de construção de selves, haja vista a proliferação de suas manifestações e incessante processo de reinvenção, discutimos neste artigo o romance The Autobiography of an Ex-colored Man, do autor afro-americano James Weldon Johnson. Trata-se de uma obra lançada anonimamente em 1912, que apresenta a história e os trânsitos de um narrador-personagem, identitariamente híbrido, por diversos cenários dos Estados Unidos, após a Guerra de Secessão. Partindo da descrição das estratégias autobiográficas nele adotadas e refletindo teoricamente sobre as (im)possibilidades do fazer autobiográfico, evidenciamos, neste trabalho, o entre-lugar e o caráter camaleônico na construção da narrativa no romance. Para tanto, aproximamos o romance da teoria do pacto autobiográfico desenvolvida por Philippe Lejeune (2008), evidenciando sua insuficiência para pensar o livro de Johnson, ao convocar, como forças desestabilizadoras as proposições dos teóricos Sergue Doubrovsky (2001), Diana Klinger (2007), Alfonso de Toro (2004), Helmut Galle (2006) e Julia Watson (1993).
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